De
acordo com as simulações de computador, em uma primeira fase, de
duração de alguns bilhões de anos, as estrelas dessas galáxias se
condensaram em grandes reservatórios de gás acumulado. Depois, elas
cresceram principalmente ao canibalizar galáxias menores.
Para
investigar esse processo, uma equipe internacional de cientistas estudou
a galáxia Teia de Aranha (MRC 1138-262), um objeto a cerca de 10
bilhões de anos-luz de distância.
“A Teia de Aranha não é uma
única galáxia, mas sim uma agregação de galáxias. Elas estão embutidas
em um halo gigante de gás atômico (neutro e ionizado) de hidrogênio”,
explicaram os pesquisadores. “A galáxia central tem um buraco negro
supermassivo em seu núcleo, que emite jatos de partículas relativísticas
visíveis em observações de rádio. Essas observações sugerem que as
galáxias eventualmente se unirão e evoluirão em uma única galáxia
elíptica gigante”.
As observações
Os
astrônomos utilizaram o Telescope Compact Array (ATCA) da Austrália e o
Karl G. Jansky Very Large Array (VLA) da Fundação de Ciência Nacional
do Reino Unido para detectar gases de monóxido de carbono no aglomerado.
A
presença deste gás indica uma quantidade maior de hidrogênio molecular,
que é muito mais difícil de detectar. Eles estimaram que o gás
molecular totaliza mais de 100 bilhões de vezes a massa do sol.
Não
só esta quantidade de gás é surpreendente, como o gás também era
inesperadamente frio, cerca de menos 200 graus Celsius. Esse gás
molecular frio é a matéria-prima para novas estrelas.
“Nós
teríamos esperado um monte de galáxias em colapso, o que teria aquecido o
gás, e por isso pensamos que o monóxido de carbono seria muito mais
difícil de detectar”, disse o membro da equipe Dr. Matthew Lehnert, do
Instituto de Astrofísica de Paris, na França.
Surpresas
O monóxido de carbono neste gás indica que ele foi enriquecido pelas explosões de supernovas de gerações anteriores de estrelas.
As
observações do ATCA revelaram a extensão total do gás, e as observações
do VLA, mais estreitamente focalizadas, forneceram outra surpresa. A
maior parte do gás frio foi encontrada não dentro das protogaláxias, mas
sim entre elas.
“Este é um sistema enorme, com gás molecular que
mede três vezes o tamanho de nossa própria galáxia, a Via Láctea”, disse
outro membro da equipe, Preshanth Jagannathan, do Observatório Nacional
de Rádio Astronomia.
“A Teia de Aranha é um laboratório
surpreendente, que nos permite testemunhar o nascimento de super
galáxias no interior de aglomerados, que são as ‘cidades cósmicas’ do
universo”, acrescentou o Dr. George Miley, da Universidade de Leiden.
Fonte: Hipescience
Fonte: Hipescience
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