Uma
série de protestos em diferentes regiões do Brasil foi convocada para
marcar o Dia do Professor nesta terça-feira, dia 15 de outubro. Os
manifestantes convocaram os atos através das redes sociais em apoio aos
profissionais da educação que estão em greve em pelo menos quatro
Estados.
No Rio de Janeiro, os professores das redes estadual e
municipal estão em greve há dois meses para cobrar reajuste salarial e
melhores condições de trabalho. Em Goiás, os professores da rede
municipal, paralisados desde 25 de setembro, ocupam a Câmara de Vereadores de Goiânia
para pressionar os parlamentares a vetar uma proposta de mudança na
destinação do auxílio transporte aos educadores. Em Mato Grosso, a
categoria está parada há mais de 63 dias para pedir reajuste salarial e
melhorias na estrutura das escolas. No Pará, a greve dos docentes da
rede estadual começou em 18 de setembro pela redução da carga horária e
melhores salários.

Confira alguns dos locais em que estão previstas manifestações nesta terça-feira:
São Paulo
A partir das 18h no Largo da Batata
A partir das 18h no Largo da Batata
Na página convocando o evento no Facebook, os organizadores cobram o
fim do modelo atual para a escolha do reitor da Universidade de São
Paulo (USP); reajuste de 36,74% salarial para os professores da rede
estadual; cumprimento de jornada estabelecida pela lei do piso: no
mínimo 33% do piso da jornada de trabalho para atividades de formação e
preparação de aulas; explicações por parte do governo estadual sobre a
contaminação no terreno da USP Leste; e o fim da progressão continuada
ou "aprovação automática" na educação básica.
Rio de Janeiro
A partir das 17h na Candelária
A partir das 17h na Candelária
No Rio de Janeiro, os profissionais da educação das redes municipal e
estadual aprovaram a realização da próxima assembleia para definir os
rumos da greve neste 15 de outubro, Dia do Professor - para quando
também está previsto um grande ato unificado no centro da cidade. Os
grevistas da rede municipal, parados há mais de dois meses, exigem 20%
de aumento salarial, entre outras reivindicações, como o fim do plano de
cargos e salários. O projeto foi aprovado na Câmara de Vereadores da capital fluminense, porém a sessão foi suspensa pela Justiça.
Porto Alegre
A partir das 18h na prefeitura
A partir das 18h na prefeitura
Em Porto Alegre, a pauta também passa pela educação (não à
criminalização de grevistas; não ao ensino médio politécnico; pagamento
do piso salarial já!), mas promete ampliar as reivindicações para outras
questões (não à criminalização dos movimentos sociais; desmilitarização
da Polícia Militar; e Fora Copa).
Entre todos os Estados brasileiros, o Rio Grande do Sul é o que paga o pior salário
aos seus professores - R$ 977 de salário básico (o piso nacional é de
R$ 1567). Os educadores chegaram fazer uma greve de 19 dias, encerrada
no dia 13 de setembro, mas não houve avanços na negociação com o governo
estadual.
Recife
A partir das 14h na Praça do Derby
A partir das 14h na Praça do Derby
No Recife, o ato em apoio aos professores, em especial aos grevistas
do Rio de Janeiro, começa mais cedo: 14h. A pauta é a mesma dos docentes
fluminenses e, na página do evento, há um recado bem claro: "Se você é
contra a greve dos professores, não entende sua função na luta por uma
educação de qualidade e não entende o direito dos professores de fazerem
greve, talvez esse ato não seja para você."
Brasília
A partir das 17h no Museu Nacional da República
A partir das 17h no Museu Nacional da República
Brasília também promove um ato em apoio aos professores, com início
marcado para as 17h. A partir das 18h40min, os manifestantes pretendem
caminhar em direção à rodoviária.
Curitiba
A partir das 16h na Boca Maldita
A partir das 16h na Boca Maldita
O ato em Curitiba começa às 16h com uma mobilização para a confecção de
cartazes e faixas. Às 18h está previsto o início da caminhada.
Belo Horizonte
A partir das 17h na Praça 7
A partir das 17h na Praça 7
Em Belo Horizonte, o ato promete ser não só em apoio aos professores do
Rio, mas também aos de Goiânia, igualmente paralisados, e aos demais
docentes do Brasil. Na pauta consta ainda reivindicações pelo passe
livre nos transportes, por uma educação pública gratuita e de qualidade e
pelo fim da repressão do Estado. E, claro, contra a Copa.
Salvador
A partir das 17h na Praça 2 de Julho
A partir das 17h na Praça 2 de Julho
"A sociedade precisa enxergar que o poder público é negligente com
educação, com a saúde e demonstra, atualmente, que é totalmente
displicente com as mobilizações sociais. A polícia serve para repreender
aqueles que lutam pelos seus direitos e exercem seu poder na rua, esses
não percebem que fazem parte da sociedade excluída e que faltam com o
dever de mobilização e mudança social quando reprimem aqueles que brigam
e lutam pelos seus direitos", diz o texto que convoca o povo a ir para a
rua nesta terça, em Salvador.
Fonte: Terra
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