A não ser que algo realmente fantástico aconteça, o cometa ISON não deverá dar o show esperado e as melhores estimativas mostram que seu brilho não deverá ser maior que uma estrela de segunda magnitude durante o periélio.

No entanto, o tempo foi passando e as primeiras medições mostraram que ISON não tinha um núcleo tão grande quanto imaginado. Isso poderia resultar em uma menor sublimação de material quando penetrasse o Sistema Solar interior, com consequente redução de brilho. Cada vez mais perto, em agosto de 2013 o cometa cruzou a chamada linha de congelamento, o que deveria fazer ISON brilhar mais devido a maior vaporização do gelo da estrutura cometária. A linha de congelamento é uma divisão arbitrária entre Marte e Júpiter que define arbitrariamente uma distância onde a radiação do Sol age de forma mais intensa na sublimação do gelo. Isso aumenta ainda mais o tamanho da coma do cometa, que passa a ser soprada pela ação dos ventos solares dando origem à sua cauda. O problema é que essa vaporização não foi tão marcante como se previa e o brilho esperado para o fim de setembro não se confirmou.
Em outubro pouca coisa mudou e as centenas de observações se limitaram a analisar a rotação do objeto e registrar através de imagens alguma ejeção de gás.
Mentalize
Agora, restando menos de 30 dias para o momento do encontro máximo com o Sol, pouca coisa deve mudar e ISON só poderá ser visto a olho nu se aumentar muito sua magnitude, passando da atual 11 para pelo menos 3 para que possa ser visto nas grandes cidades. Isso significa um aumento de brilho de 1700 vezes, que só vai acontecer se ISON fizer um triplo mortal carpado e entrar em processo de outburst, o que é impossível de se prever, mas não de acontecer. Naturalmente, esse milagre deverá ocorrer antes do periélio, pois se conseguir contornar o Sol poderá sublimar muito material, o que fará sua magnitude baixar muito e torna-lo muito brilhante. No entanto, as estatísticas mostram que cometas similares a ISON raramente conseguem contornar a estrela, sendo consumidos por ela. Então, se você quer mesmo ver o cometa ISON a olho nu, mentalize. Evoque todas as forças da natureza para que ocorra um outburst, uma espécie de pênalti aos 45 do segundo tempo.
Fonte: Apollo11.com
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