Jardim do Seridó voltou a ser abastecida pela barragem Passagem das Traíras, no Seridó. Perspectiva da Caern é que Cruzeta também volte a ser abastecida nos próximos dias.
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Barragem de Passagem das Traíras voltou a abastecer Jardim do Seridó, no RN (Arquivo: 2013) (Foto: Anderson Barbosa/G1) |
A pós as chuvas acima da média, que voltaram a abastecer os reservatórios de água no interior do estado, o município de Jardim do Seridó, na região Seridó potiguar, deixou a situação de colapso no abastecimento de água. A distribuição ainda ocorre em sistema rodízio.
De acordo com a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte, 13
cidades ainda não podem ser abastecidas pelo sistema comum por causa do
baixo volume dos seus reservatórios. Nesse caso, elas são atendidas por
carros-pipa.
Desde a quarta-feira (25) os 12 mil habitantes de Jardim do Seridó
voltaram a ser atendidos pela Barragem Passagem das Traíras, que está
atualmente com 4% de sua capacidade. Técnicos da Caern estão trabalhando
nos ajustes no sistema, que estava em colapso desde novembro de 2017.
A região do Seridó agora só tem uma cidade em situação de colapso:
Cruzeta. Segundo a gerente da Regional do Seridó, Rosy Gurgel, a
perspectiva é que o município também volte a ser abastecido normalmente
pelo açude público da cidade nos próximos dias. O abastecimento também
seguirá o sistema de rodízio.
"A Caern renova a recomendação para que a população dessas cidades
esteja atenta ao uso racional da água, tendo em vista que os mananciais
não estão completamente carregados", reforçou a empresa.
Reservatórios cheios
Dos 47 reservatórios monitorados pelo Instituto de Gestão das Águas do
Rio Grande do Norte (Igarn), todos com capacidade igual ou superior a 5
milhões de metros cúbicos, sete estão com seu volume máximo, após as
chuvas dos primeiros quatro meses do ano. Já o açude Dourado, em Currais
Novos e o Trairi, em Tangará, continuam totalmente secos. O
levantamento é da última segunda-feira (30).
Açudes com volume máximo
- Apanha Peixe, em Caraúbas
- Santo Antônio, em Caraúbas
- Encanto, em Encanto
- Brejo, em Olho D'água do Borges
- Riacho da Cruz II, em Riacho da Cruz
- Beldroega, em Paraú
- Pataxó, em Ipanguaçu
Seca histórica
Após seis anos seguidos de estiagem, o Rio Grande do Norte enfrenta a
seca mais severa de todos os tempos. As chuvas que caíram no início do
ano ainda não foram suficientes para reabastecer os maiores
reservatórios. Os efeitos são preocupantes. Dos 167 municípios
potiguares, 153 estão em situação de emergência por causa da escassez de
água – o que representa 92% do estado. Além das 13 cidades estão em
colapso, outras 84 precisaram adotar sistemas de rodízio para ter água
encanada. Ao longo destes anos, o governo estima que os prejuízos já
passaram dos R$ 4 bilhões por causa da redução do rebanho e do plantio.
Cidades em colapso no RN
- Luís Gomes, desde outubro de 2011
- Tenente Ananias, desde agosto de 2014
- João Dias, desde novembro de 2014
- São Miguel, desde janeiro de 2015
- Pilões, desde março de 2015
- Rafael Fernandes, desde novembro de 2015
- Paraná, desde dezembro de 2015
- Marcelino Vieira, desde fevereiro de 2016
- Almino Afonso, desde março de 2016
- José da Penha, desde novembro de 2016
- Cruzeta, desde setembro de 2017
- Messias Targino, desde janeiro de 2018
- Patu, desde janeiro de 2018
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