Um paciente com câncer de intestino, dado pelos médicos com apenas 18 meses de vida restantes, afirma ter sido curado por óleo de Cannabis sativa – vulgarmente chamada de maconha.
David Hibbitt, de 33 anos, foi diagnosticado com a doença em julho de 2012 e submetido a quimioterapia, radioterapia e cirurgia para remover seu intestino grosso. Os médicos disseram que o câncer era terminal, então ele decidiu testar o óleo de maconha como um último recurso. Agora, após exames realizados em janeiro, ele diz ter sido milagrosamente curado, creditando o feito à droga.
“Amigos haviam me falado sobre óleo de maconha e eu refutei a hipótese. Eu nunca fui favorável às drogas. Mas, em fevereiro do ano passado foi-me dito que eu tinha apenas de 18 meses a cinco anos de vida e eu senti que eu tinha que tentar de tudo. Eu senti que a quimioterapia estava me matando e eu não tinha nada a perder”, disse Hibbitt, de Staffordshire, Inglaterra.
Depois de pesquisar suas opções na internet, ele descobriu muitas informações sobre o óleo da droga e decidiu tentar. "Eu pago cerca de 240 reais em uma grama de um cara que eu conheci. Isso me dura cerca de um mês, normalmente. A droga entorpece um pouco e às vezes bate bem forte, mas bem longe de ser tão ruim como a quimioterapia. Eu só quero fazer outras pessoas conscientes de que existem outras opções”, relatou.
Hibbitt foi diagnosticado com câncer de intestino depois de, inicialmente, descobrir que ele estava sofrendo de hemorroidas. Depois de passar por tratamento no Hospital Christie, em Manchester, o câncer voltou e ele tinha uma outra operação em julho de 2013, seguida por mais quimioterapia. Um mês depois, ele encontrou um caroço, e foi dito que o câncer estava nos gânglios linfáticos em sua virilha. Após chegar a esse extremo e sua doença ser dada como incurável, ele resolveu utilizar o óleo.
Em outubro, ele teve uma operação para remover os linfonodos afetados no Hospital Universitário Real Stoke. Mas ele escolheu continuar tomando o óleo de Cannabis sativa, em vez de ter mais tratamento, indo contra as novas sessões de quimioterapia. Após uma varredura em janeiro, seu câncer havia sido totalmente curado.
"Eu me sinto muito bem e espero que minha história ajude outras pessoas”, finalizou Hibbitt.
O Cancer Research UK diz que está ciente de pacientes que realizam o uso de extratos de maconha para tratar a si mesmos, mas salientou "não há boa evidência" para provar que seja seguro e eficaz. O centro de pesquisa apoia ensaios clínicos sobre a utilização do fármaco e um canabinoide sintético para tratar a doença.
Kat Arney, do Cancer Research UK, disse, em um comunicado:
"Nós sabemos que os canabinoides - as substâncias químicas ativas encontrados na maconha - podem ter uma série de efeitos diferentes sobre as células cancerígenas cultivadas em laboratório e os tumores de origem animal. Mas, no momento, não há boas evidências de ensaios clínicos para provar que eles podem, com segurança e eficácia, assegurar o tratamento do câncer em pacientes. Apesar disso, alguns pacientes com câncer optam por se tratar com extratos de maconha.
Os pesquisadores estão coletando experiências de pacientes para saber se esses tratamentos estão ajudando ou não, ainda que esta seja uma prova de fraqueza em relação aos ensaios clínicos adequadamente geridos.
A Cancer Research UK apoia os ensaios clínicos para o tratamento de câncer com drogas à base de canabinoides, a fim de coletar dados sólidos sobre os benefício às pessoas com câncer.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário