A Seleção Brasileira estará emocionalmente fortalecida na Copa do Mundo da Rússia. Nesta terça-feira, o time nacional deixou apenas para a história o fantasma que o assombrou nos últimos quatro anos ao fazer 1 a 0 sobre a Alemanha, algoz da humilhante goleada por 7 a 1 sofrida nas semifinais do Mundial realizado em casa, em Berlim.
Assim como no catastrófico 8 de julho de
2014, o Brasil não contou com o seu principal astro, o atacante Neymar,
machucado. Agora, no entanto, adotou uma estratégia comedida, com três
volantes, e soube aproveitar as brechas oferecidas pelo time alemão, com
muitos reservas em campo. Aos 37 minutos do primeiro tempo, o
centroavante Gabriel Jesus anotou, de cabeça, o único gol do amistoso.
A vitória sobre a Alemanha foi a última
partida antes de o técnico Tite anunciar os seus convocados para a Copa
do Mundo. Em junho, o técnico terá mais dois testes anteriores ao
torneio na Rússia, contra Croácia e Áustria, ambos na Europa.
O jogo – Era impossível esquecer o 7
a 1. Com os jogadores de Brasil e Alemanha perfilados no gramado,
diante de um público que fazia questão de lembrar a humilhante goleada
da Copa do Mundo passada, os comandados de Tite se mostravam
emocionados.
Fernandinho, um dos mais criticados por
sua atuação na maior derrota do futebol nacional, estava com os olhos
marejados durante a execução do Hino Nacional, assim como muitos outros.
Thiago Silva, contestado pelo choro na campanha de 2014, não tinha
vergonha de cantar aos berros, com os olhos fechados, extravasando o que
sentia.
Desta vez, quando a bola rolou, o Brasil
soube controlar as suas emoções. Tite adotou uma postura tática
cautelosa, bem diferente daquela escolhida pelo colega Felipão quatro
anos atrás, e orientou que a Alemanha fosse marcada desde o campo
defensivo. Preservando titulares, os anfitriões ficavam mais com a bola,
porém não a ponto de incomodar o goleiro Alisson.
Com o passar do tempo, a Alemanha resolveu
apostar em uma série de levantamentos na área, da esquerda e da
direita. A maioria deles buscava Mario Gómez, centroavante que ficava
constantemente em posição de impedimento e quase sempre finalizava para
fora.
Embora eficiente na defesa, o Brasil não
tinha vazão de jogo. A estratégia de não atuar com um armador de origem
centralizado deixou o time de Tite menos criativo, com dificuldades até
de transpor a linha do meio-campo em determinados momentos, e dependente
de jogadas individuais e contra-ataques.
Aos 36 minutos, a Seleção Brasileira teve a
chance que tanto aguardava. Em posição duvidosa, Gabriel Jesus foi
acionado por Willian no meio de dois marcadores e partiu em velocidade.
Ao chegar à área, o centroavante limpou bem a jogada, deixando Boateng
no chão, mas concluiu mal. A bola subiu demais.
Gabriel Jesus se redimiu já no lance
seguinte. Aos 37, após um desarme de Fernandinho, Willian tabelou com
Daniel Alves e fez o cruzamento da direita, para o jogador do Manchester
City cabecear da entrada da pequena área. O goleiro Trapp chegou a
defender parcialmente, mas não evitou que a bola entrasse.
No segundo tempo, a Alemanha tentou manter
a mesma estratégia que a fez ser mais presente no ataque no primeiro.
Agora, no entanto, estava em desvantagem no placar, o que a obrigava a
ser mais incisiva. Do outro lado, tranquilo, o Brasil enfim se soltou e
mostrou-se eficiente ofensivamente. Willian, Paulinho e Philippe
Coutinho tiveram boas oportunidades para chutar a gol quase em
sequência.
O técnico Joachim Low resolveu entrar em
ação. Também fazendo testes para o Mundial, ele trocou Goretzka, Sané e
Mario Gómez por Brandt, Stindll e Sandro Wagner. Depois, Sule substituiu
Boateng, que havia se machucado em uma disputa de bola com Gabriel
Jesus.
Com o jogo equilibrado, Tite também mexeu
no Brasil, aos 28 minutos, mas não abriu mão do seu esquema tático com
três volantes. Douglas Costa foi a campo na vaga de Philippe Coutinho
com a missão de dar velocidade à equipe pela esquerda. Em algumas
ocasiões, ele era tão rápido que nem os seus companheiros conseguiam
acompanhá-lo.
Nos minutos finais, a Alemanha se lançou
ao ataque, na expectativa de evitar o tropeço dentro de casa. Com Tite
frenético à beira do gramado e a sua única substituição no amistoso, o
Brasil conseguiu conter as investidas dos donos da casa e não sofrer nem
um gol sequer do país que lhe aplicou sete na última Copa do Mundo.
Fantasma exorcizado.
FICHA TÉCNICA
ALEMANHA 0 X 1 BRASIL
ALEMANHA 0 X 1 BRASIL
Local: Estádio Olímpico, em Berlim (Alemanha)
Data: 27 de março de 2018, terça-feira
Horário: 15h45 (de Brasília)
Árbitro: Jonas Eriksson (Suécia)
Assistentes: Mathias Klasenius e Daniel Warnmark (ambos da Súecia)
Público: 72.717 pessoas
Cartões amarelos: não houve
Gol: BRASIL: Gabriel Jesus, aos 37 minutos do primeiro tempo
Data: 27 de março de 2018, terça-feira
Horário: 15h45 (de Brasília)
Árbitro: Jonas Eriksson (Suécia)
Assistentes: Mathias Klasenius e Daniel Warnmark (ambos da Súecia)
Público: 72.717 pessoas
Cartões amarelos: não houve
Gol: BRASIL: Gabriel Jesus, aos 37 minutos do primeiro tempo
ALEMANHA: Trapp; Kimmich, Boateng
(Sule), Rudiger e Plattenhardt; Kroos, Gundogan (Werner), Draxler,
Goretzka (Brandt) e Sané (Stindll); Mario Gómez (Sandro Wagner)
Técnico: Joachim Low
Técnico: Joachim Low
BRASIL: Alisson; Daniel Alves,
Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro, Paulinho, Fernandinho,
Willian e Philippe Coutinho (Douglas Costa); Gabriel Jesus
Técnico: Tite
Técnico: Tite
Fonte: Gazeta esportiva
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