CASA DOS CICLISTAS

MARMORARIA GRANFORTH

Museu Rural Auta Pinheiro Bezerra

SÓ PIZZAS MINI

CURTA NO FACEBOOK!




quinta-feira, 2 de julho de 2015

SUS vai fazer transplante de medula óssea para tratar doença falciforme

O transplante de medula óssea como opção terapêutica para a doença falciforme agora pode ser feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério da Saúde estima que 25 mil a 50 mil pessoas tenham a doença no Brasil, que apresenta alta morbidade e mortalidade precoce.

A medida foi publicada ontem (1) no Diário Oficial da União. A falciforme é uma das doenças hereditárias mais comuns no Brasil, e são aproximadamente 3,5 mil novos casos por ano.

A doença deforma o glóbulo vermelho [que carrega o oxigênio no sangue] e causa má circulação do sangue nos pequenos vasos do corpo. Com o transplante, as células doentes são substituídas, evitando expor o paciente aos riscos de transfusões contínuas. Os principais sintomas são lesões nos órgãos atingidos, crises de dor, principalmente nos ossos ou articulações, no tórax, no abdômen, e icterícia. O transplante é a única opção de cura da doença e, para muitos pacientes, a única chance de sobreviver. Atualmente, o tratamento no SUS é feito com o uso de vacinação e penicilina nos primeiros 5 anos de vida, como profilaxia às infecções, uso regular de ácido fólico, medicamentos para a dor, uso de hidroxiuréia e, em alguns casos, transfusões de sangue de rotina. A maioria dos pacientes consegue tratar os sintomas com a hidroxiuréia, mas alguns pacientes não respondem bem a essa terapêutica, como era o caso de Elvis. O medicamento ainda pode levar a uma sobrecarga de ferro no organismo.

O transplante de medula óssea já beneficiava pacientes com doenças oncohematológicas, como linfomas, leucemias e mielomas. Membro da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, a pesquisadora da USP-Ribeirão Preto, Belinda Simões, acredita que com a inclusão do transplante no SUS, o Brasil possui hoje o programa de saúde mais completo do mundo para esse tipo de doença.

A partir de publicação da portaria, o Sistema Nacional de Transplantes tem até 180 dias para incluir a doença falciforme em seu regulamento técnico, de forma a garantir o acesso gratuito dos portadores que se encaixarem em critérios definidos.

O transplante de células-tronco hematopoéticas é feito entre parentes a partir da medula óssea, de sangue periférico ou de sangue de cordão umbilical. 
 

Nenhum comentário: