Técnicos da Land Rover fizeram a retirada dos dados da “caixa preta” do carro do cantor Cristiano Araújo, de 29 anos, que faleceu em um acidente na BR-153, em Goiás. O delegado Fabiano Jacomelis, responsável pelas investigações, afirmou, dia 9, que as informações foram extraídas em São Paulo e encaminhadas para leitura e análise acurada na sede da montadora na Inglaterra. Elas podem ajudar a polícia a descobrir qual era a velocidade do veiculo no momento em que o mesmo saiu da estrada.
Ainda não há previsão de quando a leitura dos dados ficará pronta.
O cantor e a namorada, Allana Moraes, de 19 anos, perderam a vida após o capotamento do veículo que os conduzia, no último dia 24 do mês passado, quando voltavam de um show em Itumbiara (Goiás). O empresário Victor Leonardo e o motorista do cantor, Ronaldo Miranda, se feriram no acidente, mas tiveram alta médica.
Em depoimento à polícia, o condutor do veículo admitiu que estava acima da velocidade máxima permitida no trecho, que era de 110 km/h. No entanto, ele não soube precisar a quanto estava e ressaltou que perdeu o controle do carro depois que um dos pneus estourou. “Ele disse que estava correndo um pouco, mas não soube precisar exatamente qual era a velocidade no momento do acidente, visto que o carro era muito potente e ele não percebeu o excesso. Ele também informou que ouviu um barulho de pneu furado e, em seguida, perdeu o controle”, relatou o delegado.
Rodas
Ainda segundo o delegado, as primeiras perícias mostraram que as rodas originais do veículo foram substituídas por outras e que continham vários pontos de solda. Quem deu os equipamentos a Ronaldo foi o ex-jogador de futebol Tiago Ferreira dos Santos, de 29 anos, que confirmou à polícia, que havia feito reparos nas rodas. Um casal, dono de um lava jato em Goiânia, onde o veículo foi lavado um dia antes do acidente, disse em depoimento que alertou o motorista Ronaldo Miranda, de 40 anos, sobre os riscos.“Eu disse ao delegado que, na entrega do veículo, ele [motorista] foi avisado que tinha solda naquela roda e que poderia ser perigoso, pois eles viviam na estrada, em shows, viagens”, disse o dono do estabelecimento, Fábio Luciano.
A esposa de Fábio, Katiúscia Alessandra Silva, conta que foi ela quem entregou o veículo a Ronaldo e que ele ficou “espantado” quando ela o alertou sobre a solda. “Ele olhou para mim sem entender o que eu estava dizendo. Aí ele disse que o serviço foi bem feito, mas acredito que ele não sabia que ia dar problema. Se ele imaginasse a gravidade, não teria ido naquele carro, pois ele [motorista] é honesto e jamais colocaria a vida de ninguém em risco”, contou.
As rodas, aro 22, foram retiradas do Range Rover do ex-jogador porque ele tinha a intenção de vender o carro e, para isso, resolveu colocar as rodas originais. Ele revelou que o próprio veículo acusou uma falha nas peças.
“Ele percebeu [a falha] pelo painel do carro, que é do mesmo fabricante [do carro do Cristiano]. Esse carro tem uma indicação que demonstra, por exemplo, se o pneu está murcho. Diante disso, ele levou o veículo para verificação e foi informado que a roda estava amassada e havia necessidade de um reparo”, conta.
Jacomelis explicou que Ronaldo, em seu depoimento, disse que não percebeu no painel do carro de Cristiano nenhuma avaria ou problema técnico no período em que o veículo estava com as rodas não originais.
Conforme explicou o delegado, a colocação de rodas com aros maiores é uma “questão de estética”, feita para “deixar o carro mais bonito”. No entanto, a Jaguar Land Rover, fabricante do veículo, deixou claro que “não recomenda o uso de peças e acessórios não originais em seus veículos”.
Velocidade
Ronaldo perdeu o controle da direção 21 minutos após o grupo fazer uma parada em um posto de combustíveis, a 57 quilômetros do local do capotamento. O físico Reges Guimarães analisou a velocidade do carro, com base no horário das imagens de uma câmera de segurança. “Ele fez uma velocidade média de 162 km/h”, afirmou.
Em entrevista à TV Anhanguera, o pai de Cristiano, João Reis de Araújo, disse que havia alertado o filho sobre o excesso de velocidade. ”Eu sempre ia a todos os shows e nesse eu não estava. Fico muito entristecido por isso, pois eu não estava lá no último show dele. E tem coisas que a gente fica com um porquê na cabeça. Se eu tivesse junto, tenho certeza que eu ia brigar, porque eles foram muito rápido. Eu sempre puxava a orelha dele quanto a isso, pois ele deixava o pessoal correr um pouco”, afirmou.
Ainda não há previsão de quando a leitura dos dados ficará pronta.
O cantor e a namorada, Allana Moraes, de 19 anos, perderam a vida após o capotamento do veículo que os conduzia, no último dia 24 do mês passado, quando voltavam de um show em Itumbiara (Goiás). O empresário Victor Leonardo e o motorista do cantor, Ronaldo Miranda, se feriram no acidente, mas tiveram alta médica.
Em depoimento à polícia, o condutor do veículo admitiu que estava acima da velocidade máxima permitida no trecho, que era de 110 km/h. No entanto, ele não soube precisar a quanto estava e ressaltou que perdeu o controle do carro depois que um dos pneus estourou. “Ele disse que estava correndo um pouco, mas não soube precisar exatamente qual era a velocidade no momento do acidente, visto que o carro era muito potente e ele não percebeu o excesso. Ele também informou que ouviu um barulho de pneu furado e, em seguida, perdeu o controle”, relatou o delegado.
Rodas
Ainda segundo o delegado, as primeiras perícias mostraram que as rodas originais do veículo foram substituídas por outras e que continham vários pontos de solda. Quem deu os equipamentos a Ronaldo foi o ex-jogador de futebol Tiago Ferreira dos Santos, de 29 anos, que confirmou à polícia, que havia feito reparos nas rodas. Um casal, dono de um lava jato em Goiânia, onde o veículo foi lavado um dia antes do acidente, disse em depoimento que alertou o motorista Ronaldo Miranda, de 40 anos, sobre os riscos.“Eu disse ao delegado que, na entrega do veículo, ele [motorista] foi avisado que tinha solda naquela roda e que poderia ser perigoso, pois eles viviam na estrada, em shows, viagens”, disse o dono do estabelecimento, Fábio Luciano.
A esposa de Fábio, Katiúscia Alessandra Silva, conta que foi ela quem entregou o veículo a Ronaldo e que ele ficou “espantado” quando ela o alertou sobre a solda. “Ele olhou para mim sem entender o que eu estava dizendo. Aí ele disse que o serviço foi bem feito, mas acredito que ele não sabia que ia dar problema. Se ele imaginasse a gravidade, não teria ido naquele carro, pois ele [motorista] é honesto e jamais colocaria a vida de ninguém em risco”, contou.
As rodas, aro 22, foram retiradas do Range Rover do ex-jogador porque ele tinha a intenção de vender o carro e, para isso, resolveu colocar as rodas originais. Ele revelou que o próprio veículo acusou uma falha nas peças.
“Ele percebeu [a falha] pelo painel do carro, que é do mesmo fabricante [do carro do Cristiano]. Esse carro tem uma indicação que demonstra, por exemplo, se o pneu está murcho. Diante disso, ele levou o veículo para verificação e foi informado que a roda estava amassada e havia necessidade de um reparo”, conta.
Jacomelis explicou que Ronaldo, em seu depoimento, disse que não percebeu no painel do carro de Cristiano nenhuma avaria ou problema técnico no período em que o veículo estava com as rodas não originais.
Conforme explicou o delegado, a colocação de rodas com aros maiores é uma “questão de estética”, feita para “deixar o carro mais bonito”. No entanto, a Jaguar Land Rover, fabricante do veículo, deixou claro que “não recomenda o uso de peças e acessórios não originais em seus veículos”.
Velocidade
Ronaldo perdeu o controle da direção 21 minutos após o grupo fazer uma parada em um posto de combustíveis, a 57 quilômetros do local do capotamento. O físico Reges Guimarães analisou a velocidade do carro, com base no horário das imagens de uma câmera de segurança. “Ele fez uma velocidade média de 162 km/h”, afirmou.
Em entrevista à TV Anhanguera, o pai de Cristiano, João Reis de Araújo, disse que havia alertado o filho sobre o excesso de velocidade. ”Eu sempre ia a todos os shows e nesse eu não estava. Fico muito entristecido por isso, pois eu não estava lá no último show dele. E tem coisas que a gente fica com um porquê na cabeça. Se eu tivesse junto, tenho certeza que eu ia brigar, porque eles foram muito rápido. Eu sempre puxava a orelha dele quanto a isso, pois ele deixava o pessoal correr um pouco”, afirmou.
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