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sábado, 21 de dezembro de 2013

Após dispensa, Ruy Cabeção detona clube potiguar: 'Decepcionado'

Contratado com status de principal jogador do Alecrim, veterano ficou irritado com falta de estrutura do clube. 'Não tínhamos bolas nem roupa limpa para usar', disse.

Por Natal

Ruy Cabeção, jogador de futebol (Foto: Jocaff Souza)
Ruy Cabeção (Foto: Jocaff Souza)
Sem receber salários há quase três meses, treinando em campos sem condições de jogo, sofrendo com a falta d'água nos vestiários, sem comida adequada no alojamento do clube... Ruy Cabeção cansou. Bateu a indignação no jogador contratado pelo Alecrim no início de 2013 com status de estrela do Campeonato Potiguar. Após quase um ano em Natal, ele foi informado nesta semana que estava fora dos planos do clube e se diz decepcionado com o tratamento dado pelo presidente do Verdão e principal investidor da equipe, o inglês Anthony Armstrong-Emery. Para o jogador, o empresário precisa arcar com os compromissos financeiros firmados, já que o contrato do atleta foi renovado até 2016.
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, o experiente volante mostrou-se triste com o episódio e relatou que assinou com o Alecrim depois de rejeitar propostas de outros clubes brasileiros, por acreditar no projeto de reestruturação do Verdão potiguar, que utilizaria sua imagem a favor do marketing do clube.
- Eu faria um ano de clube em janeiro e, nesse tempo, tudo o que me foi mostrado e prometido ainda não aconteceu. A gente não sabe o dia de amanhã e da mesma forma que ele (Anthony) me prometeu, as coisas ainda podem surgir. Eu vesti a camisa do Alecrim, principalmente, por querer ajudá-lo. Mas fiquei decepcionado com a demora. Cansei de ligar para os telefones dele, mas infelizmente é impossível falar com ele. Eu nunca passei por isso na minha vida - lamentou o jogador.

O volante disse que enfrentou situações difíceis junto aos companheiros, porque ouvia as reclamações dos demais atletas e acabou servindo como um “porta-voz” do grupo junto à comissão técnica e aos diretores. Como o atraso salarial atingiu todos os jogadores, inclusive os atletas do sub-20, Ruy chegou a ser mal visto no grupo, pois pensavam que ele recebia os vencimentos em dia.
-  Eu fui até acusado por alguns jogadores do grupo porque eles achavam que o meu salário estava em dia, justamente porque eu era contra certos tipos de comportamentos, principalmente com relação à greve, que era um tema muito forte entre todos. Eu fui contratado para ajudar o pessoal da empresa patrocinadora a reestruturar o futebol do clube e meu telefone não parava de tocar com as ligações dos meninos (jogadores), por questões complicadas na Casa do Atleta, a respeito da falta de pagamento da conta de energia ou em relação aos jogadores que moravam em apartamentos e estavam com os alugueis atrasados - explicou.
Segundo Ruy, as instalações eram “péssimas” no alojamento que recebia parte dos jogadores profissionais e dos atletas da categorias de base. Com o atraso nos salários dos demais funcionários do clube, as cozinheiras e os funcionários da limpeza pediram demissão. Para o jogador, as condições no clube eram piores do que em clubes amadores.
- Precisamos ter respeito aos clubes amadores, porque, quando a gente pensa em amador, vem na cabeça uma coisa abaixo do nível normal. Nós jogadores não tínhamos bolas nem roupa limpa para usar. Nos treinamentos, não havia médico nos acompanhando - criticou.
Fonte: Globoesporte.com/RN

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