No dia 5 de abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi informada pela primeira vez sobre 10 casos de hepatite aguda grave de causa desconhecida em crianças pequenas, sem doenças prévias. Os primeiros casos foram identificados na Escócia.
Na terça-feira (10), a OMS atualizou os números: até agora foram registrados 348 casos prováveis desta hepatite misteriosa. Segundo a organização, foram notificados casos em 20 países, com 70 casos adicionais de outros 13 países que estão pendentes de classificação, à espera da conclusão dos testes. No Brasil, pelo menos 16 casos são investigados.
"Há muitas incertezas sobre os casos. Há relatos em vários países e o que temos vistos são casos em crianças abaixo de cinco anos, a maioria saudável. Os primeiros sintomas são: dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia. Esses sintomas podem evoluir para o quadro clássico de hepatite: icterícia, urina mais escura, fezes claras", esclareceu o infectologista e pediatra Marco Aurélio Sáfadi no podcast do Bem Estar.
Veja o que se sabe até agora:
Segundo a OMS, já são 348 casos prováveis da hepatite misteriosa.
No Brasil, pelo menos 16 casos são investigados.
Os primeiros casos foram reportados em 5 de abril, quando a autoridade responsável do Reino Unido notificou a OMS de 10 casos de hepatite aguda grave de causa desconhecida em crianças pequenas, sem doenças prévias, com idades de 11 meses a 5 anos, na Escócia.
Os sintomas vistos no Reino Unido incluem enzimas (substâncias) hepáticas acentuadamente elevadas, muitas vezes com icterícia e às vezes precedida por sintomas gastrointestinais, principalmente em crianças até 10 anos de idade.
No Reino Unido, infecções pelo Sars-CoV-2 e/ou adenovírus foram detectadas em "vários casos", disse a OMS, sem especificar quantas infecções ocorreram. Também não está claro se esses dois vírus tiveram relação com os casos de hepatite.
Nos Estados Unidos, 109 estão sob investigação. Destes, cinco foram fatais, de acordo com a agência France Press.
Os casos de inflamação hepática grave foram detectados em 25 estados e territórios dos EUA em crianças com uma média de idade de apenas dois anos, disse um alto funcionário dos Centros para Prevenção e Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês).
Segundo o CDC, "a vacinação contra a Covid-19 não é a causa da doença".
Foi confirmado que mais da metade das crianças doentes nos EUA testaram positivo para o chamado adenovírus "tipo 41".
Via https://g1.globo.com/saude
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