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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Amostras de corpos de presos mortos no massacre de Alcaçuz passam por exames de DNA em Salvador

Amostras enviadas para análise em Salvador foram retiradas de corpos e partes de cadáveres do massacre de Alcaçuz, ocorrido em janeiro (Foto: Divulgação/PM)
Ao todo, são três amostras de corpos carbonizados para identificação humana e outras cinco para confronto de vestígios. Peritos retornam ao RN no dia 8 de julho com a conclusão dos testes.

Oito amostras retiradas de corpos de detentos mortos no massacre de Alcaçuz – o mais violento da história do sistema prisional potiguar – estão sendo analisadas em Salvador. O material foi enviado no dia 18 deste mês e deve retornar a Natal no dia 8 de julho, já com o resultado dos exames. A polícia técnica do Rio Grande do Norte não possui laboratório para exames de DNA, por isso os testes são feitos com a ajuda do Instituto de Medicina Legal (IML) da Bahia.

Confrontos na penitenciária envolveram presos de duas facções rivais (Foto: Andressa Anholete/AFP)
A matança em Alcaçuz aconteceu em janeiro, durante confrontos envolvendo duas facções criminosas. Pelo menos 26 presos foram mortos. Destes, quinze tiveram as cabeças arrancadas, outros foram esquartejados e três foram encontrados completamente carbonizados. Alcaçuz é a maior penitenciária do RN. Fica em Nísia Floresta, na região Metropolitana da capital do estado.

Amostras
O Instituto Técnico-científico de Perícia (Itep) confirmou ao G1 que estão sendo feitos testes de DNA em três amostras de corpos carbonizados e cinco de partes anatômicas.

As amostras dos corpos carbonizados são para identificação humana, ou seja, para se determinar quem são as vítimas. Para essa confirmação, os peritos Elias Guilherme Lima e Fabrício Fernandes de Sá fazem uma comparação de traços genéticos com o material recolhido dos possíveis parentes dos mortos. Contudo, o resultado pode não ser conclusivo. “Vai depender da qualidade do material recolhido das vítimas. Como os corpos estão completamente carbonizados, pode ser que as amostras estejam comprometidas”, ressaltou o diretor-geral Marcos Brandão.

Quanto às outras cinco amostras, que foram retiradas de partes de corpos, Brandão acrescentou que os exames devem atestar se pertencem aos cadáveres já identificados e liberados para sepultamento ou se, consequentemente, pertencem a corpos não encontrados – o que pode fazer aumentar a quantidade de vítimas do massacre. Oficialmente, até o momento, o governo do estado mantém o número oficial de 26 mortos.

Além das oito amostras de corpos do massacre, o Itep também mandou para o laboratório da polícia técnica da Bahia duas amostras para confirmação de paternidade em casos de crimes de estupro.

Corpos sem identificação
Dos 26 corpos recolhidos pelo Itep em Alcaçuz, quatro ainda não foram identificados. São os três encontrados carbonizados e um quarto que não foi identificado pela falta de familiares para o devido reconhecimento. Como não há parentes para uma comparação de amostras de DNA, ele foi enterrado como indigente após ter o material genético recolhido.

Ao todo, segundo o próprio Itep, 12 cabeças e outros membros ainda aguardam exames de DNA. Sem a devida comprovação genética, as partes não podem ser entregues para sepultamento. 
 
 
 
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