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sexta-feira, 25 de março de 2016

Ovos de páscoa são 449% mais caros do que barras de chocolate

Nesta quinta-feira (24), o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) divulga os resultados da pesquisa sobre estratégias publicitárias, quantidade de açúcar, gorduras totais e saturadas e custos dos ovos de Páscoa em 2016. A análise realizada entre os dias 7 e 18 de março, em São Paulo, com 68 produtos de 8 marcas diferentes, selecionou os ovos que possuem algum tipo de prática abusiva e identificou elementos de comunicação presentes.
O levantamento constatou que os apelos mais frequentes são os visuais, como embalagens coloridas e o uso de personagens, apesar de serem consideradas ilegais pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC) e pela Resolução 163/3014 do Conanda. “Outra irregularidade acontece quando os ovos vêm acompanhados de verdadeiros brinquedos e não meros brindes. Isso representa venda casada, que é vedada pelo CDC, já que o presente não pode ser comercializado separadamente”, explica a nutricionista do Idec, Ana Paula Bortoletto. 
 
Com relação a qualidade nutricional, a pesquisa destaca que os produtos ultrapassam os limites recomendados pela Organização Pan-americana da Saúde (Opas). O açúcar, por exemplo, é o primeiro item da lista de ingredientes de todos os ovos. Também foram encontrados emulsificantes e aromatizantes. Portanto, não são recomendados como parte de uma alimentação adequada e saudável. “Claramente, os benefícios do cacau não vão ser compensados pela quantidade de açúcar e gordura presentes”, diz Bortoletto.
Por fim, as enormes diferenças de valores entre ovos de Páscoa e as barras reforçam ainda mais o problema. Em média, 100g de chocolate dos ovos custa 449% mais caro do que a mesma quantidade de chocolate em barra. Ou seja, o preço médio da barra é de R$ 7,74, enquanto que o do ovo é de R$ 24,62. Para a nutricionista, “a presença de publicidade infantil e o formato do chocolate faz com que o consumidor pague muito mais caro, por menos produto”.
O Idec espera que a recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reverta esse cenário, pois “a situação se torna ainda mais abusiva por estimular o consumo de produtos que não são recomendados com parte de uma alimentação saudável”. finaliza Bortoletto.
Nos próximos dias, o Instituto irá divulgar uma lista com as marcas avaliadas e as respostas das empresas sobre os resultados. O material será encaminhado para os Ministérios da Justiça e Saúde, afim de que os órgãos tomem as devidas providências. 
 
 
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