Acidente matou adolescente e deixou vários feridos na semana passada.
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Trem bateu no ônibus que tombou na avenida Bernardo Vieira (Foto: Henrique Dovalle/G1) |
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Titular da DEAV, o delegado Sérgio Leocádio conta que os repetitivos avanços sobre a linha férrea foram confirmados tanto pelo maquinista, quanto pelo auxiliar. "Os dois disseram que as ultrapassagens são comuns, sobretudo por parte da empresa de 'branco', que é a Reunidas. O motorista e o auxiliar afirmam que já fizeram várias ligações para as empresas reclamando das ultrapassagens", ressalta Leocádio. Os avanços são facilitados pelo fato de a cancela só estar presente apenas no lado dos veículos leves. Na faixa exclusiva de ônibus o espaço é aberto.
Sobre os procedimentos adotados antes e depois da colisão, os funcionários informaram que são padrão. "Todos são unânimes em dizer que a cancela e os equipamentos de sinalização existentes estavam funcionando, a velocidade da locomotiva estava baixa e as buzinas do trem foram acionadas", diz o delegado. De acordo com Sérgio Leocárdio, o maquinista continuou o trajeto até a próxima estação após o acidente, seguindo o que rege o Regulamento Geral de Operações (RGO) da CBTU. "Na estação seguinte, eles passam o serviço para outros funcionários e vão embora", acrescenta.
O maquinista disse ainda que só conseguiu ver o ônibus quando o veículo já avançava sobre a linha férrea. "Ele afirmou que uma árvore localizada no canteiro central da avenida atrapalhou a visibilidade. De acordo com o maquinista, o motorista do ônibus acelerou para evitar a batida. Os freios do trem foram acionados, mas não foi possível evitar o acidente", conclui o delegado.

Além dos funcionários da CBTU e da empresa Reunidas que trabalhavam os veículos envolvidos na colisão, já foram ouvidas 12 vítimas que estavam dentro do ônibus. Motoristas de veículos leves que aguardavam a passagem da locomotiva na hora do aceidente também prestaram depoimentos. O delegado também recebeu oficialmente as imagens da batida registradas pela Prefeitura de Natal (o vídeo ao lado mostra o momento extato da colisão).
Falta de estrutura em linha férrea
Uma equipe da DEAV esteve no local do acidente ainda na semana passada e constatou as falhas estruturais no cruzamento da avenida Bernardo Vieira com a linha férrea. “Fomos ao local nas horas que o trem passava. Apenas o som da locomotiva podia ser ouvido. A sonorização não existia. Constatamos também que não há sinalização horizontal com avisos no trecho e a cancela só está presente no lado dos veículos leves”, informou o delegado Sérgio Leocádio.
As informações colhidas no local foram compiladas na Recognação Visuográfica assinada por três policiais da delegacia e concluída nesta segunda. "Os funcionários da CBTU afirmaram a sinalização é de responsabilidade do município e que como a prefeitura não cumpre o papel, a companhia de trens assume", diz. Com isso, o delegado também convocará representantes da prefeitura e da CBTU para prestar esclarecimentos.
"Temos bem posicionada a dinâmica do acidente. O que falta é aferir as responsabilidades", encerra o delegado.
Felipe Gibson Do G1 RN
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