Recentemente, quando percebi o nível de coletividade que o museu Auta Pinheiro ganhou, foi que uma felicidade incomensurável tomou conta do meu ser e deu-me a resposta para as muitas perguntas que “vez por outra” agitavam meus sonhos: “terá valido à pena uma vida inteira de reclusão?”. No entanto esse sacudido mar de dúvidas dura o que duram os sonhos noturnos. Isto posto, o dia de ontem serviu para manutenção da minha alegria e plena satisfação. Como uma injeção extemporânea, como uma aplicação arraigada de gás esperançoso, como se o sol de novos tempos sorrissem, como antes nunca, para o meu trabalho e para os que estão ao meu lado.
O que narrarei aqui aconteceu ontem pela manhã. Eu tive tempo para escrever este texto a noite, mas eu precisava sentar e pensar bem, como uma retrospectiva jornalística.
Ontem comemorou-se o dia do Folclore, data esplendida para homenagear os nossos mitos, tradições, lendas, costumes, enfim, homenagear a brasilidade e o sentimento de respeito pela nossa terra. Foi movida por este sentimento de veneração a nossa história que convidei os familiares do MESTRE ANTÔNIO DA LADEIRA para conhecer o cantinho que fizemos em homenagem àquele que foi um dos mais importantes mestre de boi de reis do Brasil e que muito nos orgulha enquanto santacruzenses.
A visita foi um alagamento de emoções, uma enchente histórica de fatos e memórias afetivas, onde não tenho palavras a mais para descrever. Quero, do fundo do coração, agradecer aos filhos, netos, bisnetos… Toda a família do mestre que esteve conosco. A vocês eu asseguro: Conheço bem essa emoção. É exatamente isto que sinto quando transpasso as portas e porteiras de Boa Hora e vejo o retrato e os objetivos dos meus antepassados.
A vocês, familiares do mestre Antônio da Ladeira, o meu muitíssimo obrigada!
CLEUDIA BEZERRA PACHECO.
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