Alexsandro Silva, preso em flagrante, será autuado por vários crimes.
Ele manteve refém dentro de uma casa em São Gonçalo do Amarante.

Após 24 horas de intensa negociação, chegou ao fim o cárcere privado de Jorcinara Cibelle da Silva, de 20 anos, mulher que foi mantida como refém desde as 18h desta quinta-feira (28) dentro de uma casa na rua 31 de Março, no Centro de São Gonçalo do Amarante, município da Grande Natal. O foragido da Justiça Alexsandro Silva de Lima, de 30 anos, libertou a mulher e se entregou à polícia por volta das 18h45 desta sexta.
Alexsandro e Jorcinara foram conduzidos à Delegacia de Sâo Gonçalo do Amarante. “Ele será autuado em flagrante por vários crimes. Além de manter a mulher como refém todo este tempo, ele atirou contra os policiais, tem o porte ilegal de arma e ainda é foragido da Justiça”, disse a capitã Geórgia Câmara.
Na delegacia, Jorcinara prestou depoimento ao delegado Claudio Henrique Freitas de Oliveira e foi liberada em seguida. Já Alexsandro, após prestar depoimento, foi encaminhado ao ITEP para realização de exame de corpo de delito e seria encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de Pirangi, na zona Sul de Natal.
De acordo com o delegado, em seu depoimento, Alexsandro negou que tenha feito Jorcinara refém e afirmou que ela ficou na casa por vontade própria. "Ele disse ainda que os tiros disparados contra os policiais foram em legítima defesa", afirmou Claudio Henrique. Ainda segundo informações do delegado, a arma usada por Alexsandro, uma pistola calibre ponto 40, foi roubada de um policial, em Muriú, durante o carnaval. "Ele deverá ficar no CDP de Pirangi até ser transferido, provavelmente, para Alcacuz, já que ele é oriundo daquela penitenciária", afirmou Claudio Henrique.
Por volta das 17h30, o comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), tenente-coronel Marcus Vinícius, acompanhado de Marcos Dionísio de Oliveira, representante dos Direitos Humanos, e um tio de Alexsandro foram até a casa e negociaram a rendição com o criminoso.
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Antes de se entregar, a polícia chegou a levar a ex-mulher e os filhos de Alexsandro para que participassem das negociações. Pão, biscoito e água foram entregues em respostas às exigências que ele fez para não matar Jorcinara. A única relação confirmada até o momento entre Alexsandro e a refém, segundo a PM, é que ambos são usuários de crack e usavam a casa com frequência para consumir drogas.
Ainda de acordo com a Polícia Militar, Alexsandro usou Jorcinara como 'escudo humano' como garantia de vida. Ele não queria ser preso. O capitão Ivson Lima de Araújo, comandante da Companhia Independente da Polícia Militar em São Gonçalo do Amarante, disse que o foragido não queria se entregar, alegando que estava furioso com a polícia por causa da morte de um tio, morto na última terça-feira (26) em confronto com policiais do 11º BPM.

(Foto: Fernanda Zauli/G1)
Na terça-feira, ainda de acordo com o oficial, Alexsandro teria fugido da polícia após diligências a um bar em São Gonçalo. A PM buscava por indivíduos que estariam bebendo armados. Houve confronto e um dos suspeitos morreu na troca de tiros. “Henrique Eduardo Angelo da Silva, de 25 anos, morreu na hora. Apesar de ser mais novo, ele era tio de Alexsandro”, confirmou.
O capitão Ivson contou que Henrique também era foragido. “Ele havia fugido do Presídio Provisório Raimundo Nonato Fernandes, na zona Norte de Natal, onde cumpria pena por assalto à mão armada”, disse o PM.
Foragido
Ainda segundo o capitão, Alexsandro Silva de Lima é foragido do sistema prisional potiguar, tendo deixado de cumprir o regime semiaberto na cadeia de Passa e Fica, onde respondia pelo crime de assalto. Após ser recapturado e perder o benefício, o preso fugiu. Hoje, ele possui mandado de prisão em aberto expedido pelo juiz Henrique Baltazar, da Vara de Execuções Penais do Rio Grande do Norte.
Fonte: Anderson Barbosa e Fernanda ZauliDo G1 RN
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