Em entrevista coletiva nesta tarde, Queiroga afirmou que a decisão do Ministério da Saúde sobre a vacinação desse grupo será divulgada no dia 5, quarta-feira, e que não será “muito diferente do que o Ministério já colocou em consulta pública”.
Segundo a pasta, a previsão é de que as doses da vacina contra a covid-19 para crianças comecem a ser aplicadas a partir da segunda quinzena deste mês de janeiro.
Queiroga não informou quantas doses devem chegar ao Brasil, mas que serão suficientes para imunizar todas as crianças “que os pais e mães quiserem vacinar”.
O ministro também não confirmou data de início para a vacinação, e disse que para isso as doses precisam ser checadas pela Anvisa, aprovadas pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade da Saúde, e que os estados e municípios precisam se adequar às recomendações da Anvisa para a vacinação infantil.
O Ministério da Saúde não relevou ainda quais informações foram recolhidas depois da inédita consulta pública sobre vacinação em crianças, que o governo iniciou no dia 21 de dezembro, encerrada no domingo (2). A iniciativa foi criada após a Anvisa ter liberado para uso emergencial a vacina infantil da Pfizer.
A pasta não informou o número de participantes da consulta e também não indicou se haverá algum uso dessas informações.
Haverá também uma audiência pública – outro dispositivo usado pelo governo – para consultar a comunidade médica nesta terça-feira (4) antes de iniciar a vacinação.
Na coletiva, o ministro da Saúde disse que membros do Conass, do Conasems, do Conselho Federal de Medicina, das sociedades científicas e das secretarias finalísticas do Ministério da Saúde devem participar da audiência.
Segundo Queiroga, a normativa do Ministério pode ser modificadada, mas “não no sentido de mudar o cerne da recomendação”.
A Anvisa já havia consultado cerca de 1.600 pessoas – entre elas, cientistas e médicos – para liberar em caráter emergencial a vacina para crianças, mas o ministro Queiroga disse que ainda quer ouvir especialistas.
Os médicos que vão participar da audiência pública serão conhecidos apenas durante o evento, e não foram esclarecidos os critérios usados pelo governo para a convocação.
Campanha
O governo também não informou as diretrizes sobre a campanha de vacinação das crianças entre 5 e 11 anos. Não há definição sobre o início das aplicações das doses infantis nem quais crianças devem receber a dose com prioridade.
O ministro disse que, independentemente da consulta e da audiência públicas, a recomendação do Ministério já está feita: será necessária a apresentação da prescrição médica.
Apesar da declaração do ministro, alguns estados já disseram que não vão exigir o pedido médico durante a campanha de vacina infantil contra a Covid.
Também não se sabe quantas doses serão adquiridas. A Pfizer declarou que espera o pedido do governo brasileiro sobre a quantidade necessária de doses da vacina infantil.
CNN Brasil
Fonte: Blog do Gustavo Negreiros
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