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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Renan Barão: "cinturão é meu sonho, não vou deixar ninguém tirar de mim"

 Carlos Arthur da Cruz - repórter TN Online
Carlos Arthur da Cruz/CelularRenan Barão 
afirma que não é porque é campeão do UFC 
que vai mudar seu gosto musical nem esquecer suas origens
O campeão dos pesos galo do UFC, maior organização de MMA do mundo, Renan Barão, concedeu entrevista à imprensa de Natal na manhã desta terça-feira (11). O potiguar falou sobre as dificuldades para chegar ao topo da sua categoria, seus próximos objetivos no esporte, sobre a música que escolheu para entrar no octógono na última luta e até sobre o instrutor de uma academia e lutador de MMA, Luíz de França Sousa Trindade, de 25 anos, que foi morto com sete tiros de pistola por volta das 10h de ontem, na calçada da academia onde dava aulas em Natal. Barão chegou a treinar com Luíz em seu início de carreira no MMA e era amigo da vítima.
Barão venceu seu último desafio contra o norte-americano Urijah Faber no UFC 169, nos Estados Unidos. Com o resultado, ele manteve o cinturão da categoria peso-galo do UFC. "Foi uma grande luta. O Faber é um cara duro. É um cara que já mostrou que não é de hoje que vem fazendo um excelente trabalho, que vem de várias vitórias consecutivas. Eu estava muito bem treinado. Fiquei um pouco surpreso porque ele é um cara muito resistente, duro, é um cara que já mostrou isso para o mundo todo, mas o meu objetivo é sempre tentar lutar para a frente o máximo possível, tentar nocautear ou finalizar a qualquer momento. Estava preparado para lutar um round, como estava preparado para lutar cinco rounds também e, na realidade, o árbitro foi lá no vestiário antes e falou que se (o lutador) não tivesse reação, depois de dar o comando de voz duas vezes, ele pararia a luta. Foi o que aconteceu ali. Eu fiquei batendo e olhando para ele. Olhei uma vez, olhei a segunda vez para ver o que acontecia. Acho que o árbitro tem que preservar a integridade física do atleta, mesmo que a gente esteja bem preparado para lutar mais. Às vezes, a gente não quer aceitar (a derrota), mas ele sabe a hora certa de definir a luta. Se tivesse que lutar mais eu lutaria sem problema nenhum", diz.



saiba mais
Militar é suspeito de matar lutadorNessa luta contra Faber, Renan subiu ao octógono ao som da banda Grafith, também de Natal. O lutador foi criticado pelo cantor Tico Santa Cruz, através da rede social Twitter: "Sensacional o @RenanBaraoUFC tudo que tem de mal gosto musical hehehehe tem de talento e disposição pra destruir os adversários MUITO BOM", postou o cantor. Barão rebateu a crítica e fez questão de ressaltar que jamais esquecerá suas origens. "A banda Grafith é uma banda que eu gosto há bastante tempo, não é de hoje, então não é porque eu cheguei a lutar no UFC que eu vou mudar meu gosto. Esse é meu gosto, então eu acho que ele queria que eu entrasse com a música dele por isso que ele ficou um pouco chateado. Por mim não tem problema nenhum. Cada um tem sua opinião e pode falar o que quiser. Quando estou ali, estou bem focado, bem concentrado e nunca vou mudar minhas origens. Eu tento representar que sou daqui, que sou potiguar, levar um pouco daqui para mostrar para o mundo que aqui também é um país de grandes coisas", comenta.

Renan recebeu com surpresa a notícia da morte do instrutor Luíz de França. Eles eram amigos desde que viraram companheiros de treino. "Eu estava no Rio (de Janeiro) quando recebi essa notícia. Um amigo meu me contou e eu fiquei chocado na hora, sem acreditar. Um dia antes morreu o filho de um amigo meu lá da academia também e eu recebi essa notícia. Luíz era um grande amigo meu desde o começo de tudo, então eu estou sem acreditar até agora na violência que tem aqui. Ele sempre foi um excelente atleta. Eu acho que foi algum motivo pessoal. Nada a ver com luta, com o esporte. Eu não sei o motivo porque aconteceu o que aconteceu. Esporte é esporte e briga é uma coisa completamente diferente. Quando você é um atleta profissional não existe briga, confusão. O esporte é completamente diferente dessas confusões que acontecem", revela.

Sobre uma eventual mudança de categoria, o atleta diz não pensar sobre isso pelo menos por enquanto. "Eu acho que tenho muita lenha para queimar ainda nessa categoria. Eu cheguei agora, fiz minha primeira defesa (do cinturão). Tenho muito trabalho ainda pela frente. Já lutei com alguns tops, sem dúvida nenhuma, mas eu acho que estão surgindo grandes atletas que vêm de várias vitórias consecutivas dentro do UFC mesmo. Eu acho que eu me sinto bem, me sinto forte nessa categoria, então pretendo ficar por bastante tempo", conta.

 No próximo dia 23 de março, o UFC desembarca na cidade de Natal. Barão revela que sua vontade era entrar no card, porém não será possível devido ao pouco tempo que resta até lá. "É sensacional. Eu queria até lutar aqui, mas acho que está um pouco em cima (da hora) e não tem como, mas meu objetivo era tentar lutar aqui o máximo possível. Acho que eu ia adorar sentir essa energia do povo potiguar, então eu acho que vai ser tudo de bom, que portas vão se abrir aqui em Natal, que a mídia vai crescer cada vez mais e tomara que, não só eu, mas como todos os atletas daqui possamos ter mais apoio da prefeitura, do governo e de empresas que possam acreditar", afirma.

Com a maior sequência de vitórias da atualidade com 33 lutas, sendo 31 vitórias, 1 derrota e 1 luta sem resultado, o natalense já se prepara para retornar aos treinos, apesar de ainda não ter nenhuma luta marcada ou adversário definido. "Não tem nenhuma luta marcada ainda, mas pretendo voltar essa semana já. Eu não gosto de ficar muito tempo parado. Eu sempre passo uma semana de descanso a dez dias no máximo e depois eu começo a voltar a treinar jiu-jtsu, a treinar o boxe, a fazer um treino regenerativo para não ficar parado do zero. Agora é o momento que eu tenho que me manter ali, tenho que buscar bastante, treinar muito, porque todos querem o que eu tenho que é o meu sonho, então não vou deixar ninguém tirar isso de mim", finaliza.
 
 http://tribunadonorte.com.br/
 

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