CASA DOS CICLISTAS

MARMORARIA GRANFORTH

Museu Rural Auta Pinheiro Bezerra

SÓ PIZZAS MINI

CURTA NO FACEBOOK!




terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Evangélicos serão maioria no Brasil antes de 2040, aponta IBGE

Foto:internet

O Brasil terá maioria evangélica em até uma década, afirma o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento do órgão oficial do governo, no entanto, se limita a projetar uma tendência, sem explicar os motivos da grande transição religiosa que vem acontecendo no Brasil.
Uma extensa reportagem do jornal Valor a respeito do assunto contextualizou a situação comparando com o cenário de países vizinhos na América do Sul. O Chile, por exemplo, vem observando um abandono da religião católica em grau acentuado, mas ao contrário do Brasil, os ex-católicos de lá, na maioria, se tornam ateus, agnósticos ou sem religião. Esse cenário foi um dos principais motivos que levou o papa Francisco a visitar o país no começo deste ano, em um gesto que expressa a tentativa de conter a sangria e mostrar serviço contra os escândalos de abusos sexuais e pedofilia envolvendo sacerdotes da igreja romana.
O Chile passa por uma secularização acelerada, segundo pesquisadores da área, ficando atrás em termos de ritmo apenas do Uruguai, que tem 41% da população ateia, agnóstica ou sem religião. No Brasil, o percentual dessa categoria não religiosa também cresceu para 14%, no ano passado. “No Brasil ainda estamos criando paróquias”, comenta o padre Valeriano dos Santos Costa, diretor da Faculdade de Teologia da PUC-SP.
Ascensão
Em terras tupiniquins, os católicos vinham perdendo 1% dos seus fiéis anualmente e os evangélicos ganhando 0,7%, como registrado no Censo de 2010. Atualmente a perda dos católicos já supera a casa de 1% ao ano, e o crescimento de evangélicos e grupos sem religião vem se acelerando, segundo pesquisas por amostragens mais recentes.
“Possivelmente em cerca de 10 e 15 anos o Brasil não terá mais maioria católica”, diz o demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE.
A Igreja Católica no Brasil demonstra ter mudado a visão a respeito do cenário, e agora, sob a batuta de Francisco, tenta focar na qualidade dos fiéis, e não mais na quantidade. O cardeal dom Sérgio da Rocha, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Brasília, afirmou que o mais preocupante não são os fiéis que seguem a Jesus em outras igrejas, mas os que se dizem católicos e não vivem como tal.
O padre Valeriano concorda e vai além, dizendo que a quantidade de católicos, na prática, é muito inferior ao demonstrando nas pesquisas: “Menos de 10% dos batizados na Igreja Católica Apostólica Romana frequentam as missas dominicais, o que significa um mínimo de pertença”, analisou.
Para o cardeal Rocha, Francisco tem se dedicado a mudar a postura da Igreja Católica, hoje mais enxuta e precisando deixar uma marca na sociedade diferente dos escândalos que a atingiram recentemente.
“Ele [Francisco] oferece sempre orientações para animar a missão da igreja e não especificamente para responder ao fenômeno do pluralismo religioso na América Latina. Um dos seus textos mais importantes é o que se chama ‘Evangelii Gaudium’, que significa a ‘Alegria do Evangelho’, em que propõe o caminho a seguir para realizar a missão da igreja: ele tem enfatizado a necessidade da igreja em missão permanente, que não se acomoda no templo, mas sai ao encontro de todos para compartilhar a alegria do Evangelho”, afirma o cardeal.
Rocha explica que as razões para a queda pronunciada do número de católicos no Brasil não são simples: “Tem a ver com a dinâmica interna de uma sociedade plural e complexa, e não apenas com as limitações e lacunas da ação pastoral da Igreja Católica, que obviamente não podem ser negadas”, observa.
“O pluralismo religioso é reflexo de uma sociedade plural. Não é possível manter a situação religiosa de outros tempos, nem seria conveniente, sob o ponto de vista teológico, uma igreja controladora da sociedade”, acrescentou, fazendo um mea-culpa e reconhecendo, de forma indireta, os avanços promovidos na sociedade pela Reforma Protestante.
Fonte: noticias.gospelmais.com.br

Nenhum comentário: