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quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Postos de combustíveis buscam recuperar perdas da pandemia



Com a retomada gradual da economia, iniciada no mês passado, os postos de gasolina de Natal, que tiveram uma queda nas vendas de 60% no início da pandemia do novo coronavírus, já recompuseram em torno de 33% do faturamento perdido, segundo revendedores ouvidos nesta segunda-feira (4) pelo Agora RN.

“Melhor do que nada, mas uma resposta ainda muito tímida”, avalia Antônio Sales, presidente do Sindipostos do RN. Segundo ele, muita gente ainda está rodando menos do que antes, tornando a recomposição das vendas na bomba ainda muito lenta.

Desde segunda-feira (3), a gasolina vendida em todas as refinarias e postos do País passou a obedecer oficialmente uma fórmula mais próxima do padrão europeu e do americano.

Segundo a resolução da ANP, a gasolina com as antigas especificações ainda pode ser entregue nas distribuidoras até 3 de outubro e, nos postos, até 3 de novembro. Ainda assim, a Petrobras afirma já estar produzindo e entregando a nova gasolina.
A nova especificação atende a Resolução 807/20 da ANP (Agência Nacional do Petróleo), publicada no início deste ano, determinando que a gasolina comum tenha massa específica mínima de 715 kg/m³ e octanagem mínima de 92 octanas pela metodologia RON (research octane number ou método de pesquisa).

O percentual de etanol anidro foi mantido em 27% para as gasolinas comum e aditivada e em 25% para a gasolina Premium.

As mudanças valem para a gasolina do tipo C (comum) e premium, aquela indicada pelas fabricantes de carros esportivos. A Petrobras já vinha produzindo a nova gasolina há alguns meses, mas ainda haverá um prazo de 90 dias para as distribuidoras e postos de combustíveis se adaptarem às mudanças.

Diz Antônio Sales que, durante esse período, a nova gasolina deverá ir se misturando à velha existente nos estoques dos postos, até virar uma só e os motoristas sentirem sua resposta nos automóveis. “Não sei dizer se esta nova gasolina já estava sendo distribuída antes ou se começou somente agora, isto é algo que não nos comunicam”, admite.

Embora a mistura com o etanol seja a mesma, o novo combustível traz mudanças significativas nas especificações técnicas – incluindo massa mínima, nível de resistência da gasolina à compressão no motor e exigência de temperatura – que melhoram a qualidade do combustível. Com isso, a queima da gasolina é otimizada, permitindo uma economia no consumo.

Já sobre o preço da nova gasolina, ainda há dúvidas, embora a informação é que venha a ser um pouco superior à que vinha sendo comercializada no país devido à paridade de importação com o combustível correspondente no exterior.

Antônio Sales explica que os dois últimos movimentos no preço dos combustíveis aconteceram em questão de poucas horas, entre os dias 31 julho e 1 de agosto. “Houve primeiro uma queda de cinco centavos no litro, compensada em seguida por uma alta de 11 centavos, resultado de uma decisão do Confaz (sigla para Conselho Nacional de Política Fazendária) sobre o valor do ICMS sobre os combustíveis”, finaliza ele.

Para veículos já em circulação, dizem os especialistas, a principal diferença está na melhor densidade, que pode tornar os carros mais eficientes. Para novos veículos, as medidas melhoram também a possibilidade de ajuste nos motores para que tenham um desempenho mais adequado à nova gasolina.
Massa específica ou densidade

A legislação brasileira não estabelecia limite mínimo de densidade, permitindo a produção ou importação de gasolinas mais “leves” ou com compostos químicos que reduzem o rendimento.

A adoção de uma densidade mínima significa que a gasolina terá uma quantidade maior de energia por litro. Testes feitos pela Petrobras indicam que a nova especificação brasileira reduz o consumo por litro entre 4% e 6%.

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