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terça-feira, 26 de julho de 2016

Capitão Styvenson deixa a Lei Seca no RN; 'Animosidade', explica Sesed

Saída aconteceu por conta de críticas a delegados e agentes da Polícia Civil.
Devolução à PM foi assinada pelo secretário da Segurança Pública.



 
Tenente Styvenson Valentim coordenou a Operação
Lei Seca no RN por quase três anos
(Foto: Fernanda Zauli/G1)

O capitão Styvenson Valentim deixou a coordenação da Lei Seca no Rio Grande do Norte e voltou a integrar o quadro funcional da Polícia Militar. A saída acontece por causa de críticas que ele fez à atuação de delegados e policiais civis do estado. Styvenson foi comunicado sobre sua devolução à PM nesta segunda-feira (25) por meio de ofício assinado pelo secretário da Segurança Pública e da Defesa Social Ronaldo Lundgren.

"Ressaltamos, outrossim, que a mudança no Comando da Operação Lei Seca foi motivada por animosidade gerada a partir de declarações do nominado oficial em face da atuação de servidores da Polícia Civil do Estado", justificou o titular da Sesed. Já o comandante geral da Polícia Militar no estado, coronel Dancleiton Pereira, disse que ainda não decidiu onde Styvenson irá trabalhar de agora em diante.
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Em contato com o G1, Styvenson disse que se sente agradecido ao Detran pelo tempo que atuou no órgão, pela estrutura e efetivo, e também desejou boa sorte ao capitão Isaac Paiva, que deve assumir o lugar dele na Coordenação da Operação Lei Seca no estado.

Conhecido por ter uma postura "implacável" e não dar privilégios a ninguém, Styvenson Valentim ganhou notoriedade na coordenação da Lei Seca, onde atuou desde novembro de 2013. Ele chegou a ser chamado de "carrasco da Lei Seca" e já foi pivô de várias polêmicas por dar publicidade a casos de pessoas presas nas blitzen que comandou.

Em maio deste ano vazou um áudio de um grupo de WhatsApp, de quase dois minutos, no qual o capitão critica a atuação de delegados e agentes da Polícia Civil do RN. “Policial civil ganha muito bem para não fazer nada. Delegado ganha 23 mil reais para não fazer nada", disse o capitão. No áudio, Styvenson conversava com uma mulher sobre como proceder após ela ter se envolvido numa determinada ocorrência de trânsito.

A declaração causou revolta entre os policiais civis e fez o comandante-geral da PM pedir para que Styvenson deixasse o Detran e fosse devolvido aos quadros da PM. O pedido foi feito no início de junho. "As operações da Lei Seca geralmente terminam na delegacia de polícia e as declarações dele criaram um clima ruim, mesmo ele tendo se retratado. Por isso achamos prudente evitar esse contato dele com a Polícia Civil. Entendemos que essa é a melhor atitude, inclusive, para preservá-lo", disse o coronel Dancleiton Pereira à época do pedido.

No dia 7 abril do ano passado, quando ainda era tenente, Styvenson chegou a anunciar que não fazia mais parte da Lei Seca. À época, ele argumentou "escassez de recursos e motivação" para continuar comandando as ações de fiscalização no trânsito. No mesmo dia, em resposta ao comandante, o governador Robinson Faria usou sua página pessoal no Instagram para anunciar que Styvenson permaneceria à frente da Lei Seca e afirmou que ele era um “instrumento fundamental em defesa da vida”.
 
Em abril de 2015, governador Robinson Faria publicou foto ao lado de Styvenson e declarou que ele era era ‘instrumento fundamental em defesa da vida’ (Foto: Reprodução/Instagram de Robinson Faria)
Do G1 RN

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