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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

RN é o 6º em assassinato de jovens

Junior Santos
Como em outras pesquisas já divulgadas no país ou mesmo no exterior, o Rio Grande do Norte e Natal volta a figurar na lista dos estados e das capitais mais violentas do Brasil com a divulgação, na quarta-feira (28), da 5ª edição do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR). O Rio Grande do Norte aparece em sexto lugar entre os 27 estados brasileiros com maior exposição do adolescente a assassinatos. O índice é de 5,80 homicídios por cada mil adolescentes, considerando-se o universo das cidades com mais de 100 mil habitantes. Natal aparece em sexto lugar - entre as capitais do país - com índice de 5,35 assassinatos por cada mil jovens na idade inicial
Natal aparece em sexto lugar entre as capitais do país - sendo a 5ª da região Nordeste - com índice de 5,35 assassinatos por cada mil jovens na idade inicial. Outra cidade potiguar destacada como mais violenta é Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal, que aparece em 12º lugar, com índice de 6,81 homicídios por mil jovens, considerando-se os municípios com mais de 200 mil habitantes.

Fora Natal e Parnamirim, também aparece Mossoró no estudo entre as cidades do país com maior exposição de adolescentes a homicídios, com índice de 6,22 homicídios por mil jovens. De acordo com o IHA, 3,32 jovens a cada grupo de mil correm o risco de serem assassinados no Brasil antes do 19º aniversário entre 2013 a 2019, o que equivale a 42 mil adolescentes.

Segundo a pesquisa, isso significa, ainda, que para cada grupo de mil pessoas com 12 anos completos em 2012, o risco de serem assassinadas antes de atingirem 19 anos, alcançava 3,32 jovens. A taxa representa um aumento de 17% em relação a 2011, quando o IHA chegou a 2,84.

Hoje, segundo o estudo, os homicídios representam 36,5% das causas de mortes dos adolescentes no país, enquanto para a população total correspondem a 4,8%. É possível observar uma tendência clara: na medida em que aumenta a população a violência letal contra adolescentes se incrementa.

Nos municípios entre 50 e 100 mil habitantes a incidência é aproximadamente o dobro da encontrada nos municípios menores. Por sua vez, nos municípios entre 100 mil e 500 mil habitantes o valor é três vezes superior ao registrado nos pequenos municípios. Já na faixa de mais 500 mil habitantes a violência letal se eleva de forma mais moderada.

O estudo produzido em 2012 pela SDH/PR em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Observatório de Favelas e o Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-UERJ) aponta, ainda, os riscos relativos por sexo para o período de 2005 a 2012. Para a elaboração do IHA, foram analisados 288 municípios com mais de 100 mil habitantes, tendo como base os dados dos censos demográficos de 2000 e 2010 do IBGE e do Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde.

Risco por sexo
No ano de 2005 o risco de um adolescente do sexo masculino morrer (nos municípios com mais de 100 mil habitantes) era de aproximadamente 13,42 vezes maior do que o de uma adolescente do sexo feminino.

Apesar da diminuição em 2006 para 11,86, no ano de 2007 houve uma nova tendência de crescimento (12,60), que continuou em 2008 (14,26). A partir de então o risco relativo por sexo diminuiu progressivamente até 2011 (10,30) e voltou a aumentar em 2012 (11,92) junto com o crescimento geral do IHA.

Risco por raça
Já a evolução dos riscos relativos à cor/raça mostra que o risco relativo para negros em relação aos brancos foi ascendente entre os anos de 2005 e 2008, atingindo o valor máximo nesse último ano (4,00). Em 2009, houve um decréscimo visível (2,99) e a partir daí o valor se manteve próximo do patamar de 3, o que ainda indica uma desigualdade racial expressiva.
 
 

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