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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Santa Cruz, Nossa querida centenária! Por Marcos Cavalcanti

SANTA CRUZ, NOSSA QUERIDA CENTENÁRIA! 
 
Hoje, a nossa querida cidade de Santa Cruz acordou centenária. Despertou tranquila de seu sono agreste, num domingo solar e de feriado municipal. Por razões outras e já tão comuns ao cenário da cidade santuário, fogos de artifício pipocaram em seu límpido céu no percurso que margeia o Monte Carmelo. Não vi no principal jornal do estado, nenhuma matéria, nenhum destaque, nenhuma referência que lhe fizesse um voto, um elogio ou uma exaltação para que todos soubessem no Rio Grande do Norte que Santa Cruz vive hoje, em seu calendário histórico, a data de seu centenário pelo título de cidade conquistado através do Projeto de Lei nº 372, sancionado pelo Dr. Joaquim Ferreira Chaves, então governador do estado, no festivo dia 30 de novembro de 1914. Às sete da manhã, foi realizada uma missa em sua Ação de Graças, na Igreja Matriz de Santa Rita de Cássia, único momento programado especificamente para comemorar tão importante marco histórico. Apesar do natalício especialíssimo, não foi ainda este ano que Santa Cruz se coloriu em sua data, com as luzes e enfeites de natal, que como destaquei em crônica no ano passado, já vinha se tornando uma tradição nas administrações anteriores, tornando-a mais bonita, mais alegre e receptiva aos residentes e aos que a visitam, sobretudo em tempos de uma nova tradição (tenho um medo danado de gastar essa palavra) e que teria dado ao festival gastronômico – FestFrango, em seu segundo ano de realização, a ambiência e o brilho singular que introduz o mais simbólico mês do ano para os que pertencem ao universo da cristandade. Com a perda da tradição (olha a palavrinha novamente) já não sabemos qual a data específica em que isso acontecerá em nossa cidade ou quantos dias no ano teremos de paramentos natalinos, enfeitando-a.

Sei que no seu íntimo e sem nenhuma vaidade, Santa Cruz desejou soprar seu bolo de aniversário com as suas cem velinhas ao som de um parabéns coletivo e telúrico, seguido do canto de seu hino oficial. Outras tantas cidades de porte até mais modesto preparam-se para isso com as pompas e circunstâncias que as bodas de Jequitibá requerem das autoridades, afinal de contas, o que se celebra não é pouco, é o casamento profícuo de cem anos da cidade com o seu povo, com a sua cultura…com a sua história. Talvez Santa Cruz desejasse ouvir também, em seu centenário, todas as composições feitas em sua homenagem num possível lançamento de CD especialmente pensado para marcar este momento único e irrepetível.

Para datas com tamanha carga simbólica, todos os simbolismos são necessários, e eis porque a ASFOT – Associação de Fotógrafos do Trairi lhe dedicou uma grande exposição fotográfica, intitulada SANTA CRUZ FOTOCENTENÁRIA, cujo olhar de oito fotógrafos que vivem em seu solo amado, retrataram-na em 100 fotografias, presentificando e exaltando a nossa cultura, a nossa paisagem natural, a fauna, a flora, a nossa arquitetura, a religiosidade, o trabalho e a vida social, bem como mostrando por todos os ângulos, aquele que é o nosso mais atrativo cartão postal, fonte de atração turística e desenvolvimento para a nossa cidade, o Alto de Santa Rita de Cássia.

A grande exposição, que da ideia, foi viabilizada por comerciantes parceiros que entenderam a sua importância e caráter, tem a marca da generosidade de seu povo, uma vez que se fez para homenagear a nossa cidade, mas também para colaborar, ainda que modestamente, com a luta empreendida pela APAE de Santa Cruz, na promoção da saúde, da educação e da integração de nossos queridos excepcionais.

Em cem anos de história, muitas lutas e conquistas foram travadas e se inscreveram no tempo para contar às gerações presentes e futuras o pioneirismo de Santa Cruz desde a sua difícil povoação no início do século 19, passando pela luta de sua Emancipação Política, concretizada em 11 de dezembro de 1876; pela vitória da chegada da luz elétrica; pela presença do Crutac; pela luta das adutoras; pela superação da tragédia de 1981; pela implantação e permanência do campus universitário; pela construção de seu teatro e de sua Casa de Cultura; pelo nascimento do Museu Rural Auta Pinheiro; pela criação do parque Ecológico da Borborema, e entre tantas outras conquistas, pela ousadia de edificarmos em nosso solo, a maior escultura católica já realizada em todo o mundo. Não citarei nomes, que são tantos e tão significativos na construção dessa história, mas evocando e homenageando a todos, simbolizo-os no inexcedível exemplo de Monsenhor Raimundo, figura humana que se fez santacruzense por excelência, e muito nos ensinou. Para finalizar essa crônica de homenagem, e como diz o maestro Camilo Henrique em seu hino, em nosso hino e nesta data tão especial: Salve, Salve Santa Cruz!

Marcos Cavalcanti

Publicada no Facebook em 30 de Novembro de 2014.

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