Núcleo de Inteligência da Polícia Civil do RN vai acompanhar investigações.
Flávio Leandro e Ismael Aprígio foram mortos na sexta (15), após jogo.

Delegados falaram sobre mortes de torcedores em Natal (Foto: Felipe Gibson/G1)
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte
não descarta a possibilidade de que rixa entre torcidas organizadas do
ABC e do América tenham motivado as mortes de dois jovens na sexta-feira
(15), em Natal.
Na tarde desta terça (19), o diretor de Policiamento da Grande Natal
(DPGran), Odilon Teodósio, e a titular da 10ª Delegacia de Polícia,
Alzira Veiga, concederam entrevista coletiva para falar sobre os casos.
Até o momento, não há pistas sobre os assassinos de Flávio Augusto da
Costa Leandro, de 17 anos, e de Ismael Aprígio Teixeira, 18.
"Ainda temos muito pouco sobre esses dois assassinatos. Por isso, não
podemos descartar a hipótese da rivalidade entre torcidas organizadas do
ABC e do América. Por enquanto, o que podemos garantir é que vamos
tentar elucidar o quanto antes essas duas mortes", falou o diretor de
Policiamento da Grande Natal (DPGran), Odilon Teodósio.
Flávio e Ismael foram mortos na noite da última sexta-feira (15),
quando retornavam para casa. Segundo a Polícia Militar, os dois vestiam
camisas de torcidas organizadas do ABC. Os jovens foram atingidos em
bairros distintos da cidade. Flávio Augusto da Costa Leandro, de 17
anos, morreu após ser baleado em Neópolis, na zona Sul. Ismael Aprígio
Teixeira, de 18, foi atingido no loteamento José Sarney, na zona Norte.
Os dois ainda foram socorridos com vida ao hospital, mas não resistiram
aos ferimentos.
Contrariando a versão da PM, a delegada Alzira Veiga, que investiga a morte de Flávio Augusto, afirmou que o adolescente não utilizava camisa do ABC no momento dos tiros. "De acordo com os depoimentos que ouvimos, a vítima estava de camisa branca e bermuda. Um outro amigo dele usava uma camisa do Atlético Mineiro. O irmão de Flávio era o único que vestia uma calça do ABC", diz a titular da 10ª DP.
O amigo e o irmão de Flávio também foram baleados. O primeiro levou um tiro nos glúteos e ainda passará por uma cirurgia. O segundo foi atingido de raspão no calcanhar e passa bem. Ambos ainda serão ouvidos pela delegada Alzira Veiga. "A informação é que todos eram meninos de bem. Estavam atravessando a passarela para ir para casa quando aconteceu", encerra.
Contrariando a versão da PM, a delegada Alzira Veiga, que investiga a morte de Flávio Augusto, afirmou que o adolescente não utilizava camisa do ABC no momento dos tiros. "De acordo com os depoimentos que ouvimos, a vítima estava de camisa branca e bermuda. Um outro amigo dele usava uma camisa do Atlético Mineiro. O irmão de Flávio era o único que vestia uma calça do ABC", diz a titular da 10ª DP.
O amigo e o irmão de Flávio também foram baleados. O primeiro levou um tiro nos glúteos e ainda passará por uma cirurgia. O segundo foi atingido de raspão no calcanhar e passa bem. Ambos ainda serão ouvidos pela delegada Alzira Veiga. "A informação é que todos eram meninos de bem. Estavam atravessando a passarela para ir para casa quando aconteceu", encerra.
Odilon Teodósio também antecipou que o Núcleo de Inteligência da
Polícia Civil irá acompanhar as investigações. "O delegado Lenivaldo
Pimentel irá subsidiar os trabalhos das equipes dos 10º e 12º Distritos
Policiais. É o que podemos adiantar mais nada", falou.
Em entrevista ao G1, o pai de Flávio disse não
acreditar que a polícia fosse capaz de prender os criminosos que tiraram
a vida do filho dele. "Gostaria muito que esse crime não ficasse
impune, que quem fez isso pagasse por ter destruído a minha família. Mas
acho difícil isso acontecer. Eu só acredito na justiça de Deus", falou João Evangelista.
Para o padre Alcimário Pereira, da Paróquia de Santa Rita de Cássia dos
Impossíveis, onde Flávio participava da pastoral do acolhimento, o
jovem "era um anjo de Deus. Um menino muito bom".
Os crimes
Flávio e Ismael foram mortos na noite da última sexta-feira (15),
quando retornavam para casa. Os dois vestiam camisas de torcidas
organizadas do ABC.
De acordo com a Polícia Militar, Flávio foi atingido por tiros quando
caminhava pela marginal da BR-101, próximo ao viaduto de Ponta Negra,
acompanhado do irmão de 19 anos e um amigo não identificado quando um
carro preto se aproximou e começou a disparar contra eles. Os três foram
atingidos e socorridos ao pronto-socorro Clóvis Sarinho, mas Flávio
Augusto não resistiu. O carro de onde partiram os disparos não foi
identificado.
O segundo crime aconteceu no loteamento José Sarney, na zona Norte. De
acordo com a PM, quatro jovens que também voltavam do jogo do ABC e
também vestiam camisetas do time, foram surpreendidos por disparos de
arma de fogo na avenida Apucarana. Todos foram levados para o Hospital
Santa Catarina, mas Ismael Aprígio Teixeira não resistiu e morreu ao dar
entrada na unidade hospitalar.
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