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A garota só conseguiu fugir porque uma amiga, que a esperava do lado de fora, esbarrou e abriu a porta. A menina então se aproveitou do susto do padre para fugir e ainda teve de mentir dizendo que seu pai estava do lado de fora para afastar de vez a investida do religioso. O caso aconteceu em maio, mas só agora veio à tona com a divulgação da decisão da Justiça de decretar a prisão preventiva do religioso. O padre Osvaldo Donizete da Silva está preso desde o dia 15 deste mês na penitenciária de Andradina. No entanto, para a Igreja Católica, a prisão é injusta.
“Quando soube do caso, afastei o padre imediatamente da paróquia, e também dos trabalhos e da cidade. Fiz isso, justamente para evitar que ele tivesse contato com os familiares da menina”, explicou o bispo da diocese de Catanduva, dom Otacílio Luziano da Silva. “Mas a Justiça alegou que a prisão preventiva serve exatamente para garantir que ele se mantenha afastado da menina e dos familiares dela. Isso não iria ocorrer porque o padre estava inclusive morando em outra cidade e afastado de qualquer atividade, estava só esperando a sentença da Justiça”, comentou o bispo.
O delegado de Sales, Saint-Clair Silva Duarte, que concluiu o inquérito em 24 de junho, disse que não pediu a prisão do padre porque não encontrou provas suficientes para isso. “Não havia prova materiais ou testemunhais, apenas a palavra do padre contra a palavra da menina”, afirmou.
No entanto, para o Ministério Público, as declarações da menina foram suficientes para denunciar o padre em crime de estupro de vulnerável a ponto de o promotor pedir a prisão preventiva do acusado. O promotor Gustavo Yamaguchi Miyasaki não foi localizado para falar sobre o assunto e sua assessoria se negou a passar seu contato.
Segundo o juiz Renato Soares de Melo Filho, da comarca de Urupês, onde tramita o caso, a gravidade dos depoimentos embasa a prisão. “As narrativas das testemunhas são firmes e coesas, havendo elementos da materialidade e indícios de autoria (...)", diz o juiz na decisão que justifica a prisão do padre.
Por isso, segundo ele, o pedido de prisão deveria ter sido feito antes, logo após o registro da ocorrência. Além disso, tanto o padre como seu superior, procuraram a menina e os pais dela e mesmo transferido de cidade, o padre estaria, por seu ofício, mantendo contato com menores de idade. Segundo o juiz, esses elementos "justificam a decretação da prisão cautelar, sobretudo para assegurar a ordem pública e resguardar a instrução criminal".
Terra
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