Conclusão está em relatório divulgado pela Unesco
País tem mais de 10 milhões de analfabetos.
Giovana Teles Brasília Relatório divulgado pela Unesco, nesta quarta-feira (29), revela que o Brasil é o oitavo país em número de analfabetos adultos no mundo. O estudo avaliou a educação de 150 países.
São mais de 770 milhões de adultos analfabetos no mundo. No Brasil, eles passam de 10 milhões. No ranking, o país está atrás da Índia, China, Paquistão, Bangladesh, Nigéria, Etiópia e Egito.
O auxiliar de serviços gerais, José Lúcio, não completou o ensino fundamental. Já adulto, ele decidiu que era hora de voltar para a sala de aula. “Hoje eu vou em um banco, hoje eu escrevo uma carta, entro na internet, converso com os meus amigos. Coisa que eu não fazia antes”, conta.
O diretor da escola onde José trabalha, Jordenes Ferreira da Silva, era carroceiro e só melhorou de vida quando voltou a estudar. “A alfabetização de adultos é um exercício de trazer à vida pessoas que viviam, mas estavam à margem da sociedade”, comemora.
Segundo o relatório, o Brasil cumpriu a meta de investir em educação 6% do PIB, a soma de todas as riquezas que o país produz. Porém, nos países ricos, o investimento por aluno é três vezes maior.
Além de aumentar os investimentos em educação e aplicar o dinheiro de maneira mais eficiente, é fundamental melhorar a qualidade do ensino, porque só aumentar o número de crianças e adolescentes nas escolas, não é garantia de aprendizado.
"Nosso relatório aponta que a questão chave dessa qualidade é o professor. A gente precisa valorizar o professor e dar um bom plano de carreira", analisa Maria Rebeca Otero, da Unesco.
O Governo diz que tem trabalhado para alcançar as metas e que o piso salarial dos professores já foi um avanço, mas reconhece que é preciso mais: “Nós precisamos pagar melhor o nosso professor, existe um projeto para isso. Entendemos a dificuldade que, pela escala, pelo tamanho do Brasil, é difícil, mas nós precisamos cada vez mais estar fazendo isso”, explica Luis Cláudio Costa, presidente do INEP.
Quanto ao número de analfabetos adultos, o Inep avalia que o mais correto seria a Unesco calcular o percentual da população acima de 15 anos, já que o Brasil é um país grande e populoso e, por isso, o número absoluto deixa o país em desvantagem. Segundo o governo, 8,4% dos brasileiros com mais de 15 anos são analfabetos.
País tem mais de 10 milhões de analfabetos.
Giovana Teles Brasília Relatório divulgado pela Unesco, nesta quarta-feira (29), revela que o Brasil é o oitavo país em número de analfabetos adultos no mundo. O estudo avaliou a educação de 150 países.
São mais de 770 milhões de adultos analfabetos no mundo. No Brasil, eles passam de 10 milhões. No ranking, o país está atrás da Índia, China, Paquistão, Bangladesh, Nigéria, Etiópia e Egito.
O auxiliar de serviços gerais, José Lúcio, não completou o ensino fundamental. Já adulto, ele decidiu que era hora de voltar para a sala de aula. “Hoje eu vou em um banco, hoje eu escrevo uma carta, entro na internet, converso com os meus amigos. Coisa que eu não fazia antes”, conta.
O diretor da escola onde José trabalha, Jordenes Ferreira da Silva, era carroceiro e só melhorou de vida quando voltou a estudar. “A alfabetização de adultos é um exercício de trazer à vida pessoas que viviam, mas estavam à margem da sociedade”, comemora.
Segundo o relatório, o Brasil cumpriu a meta de investir em educação 6% do PIB, a soma de todas as riquezas que o país produz. Porém, nos países ricos, o investimento por aluno é três vezes maior.
Além de aumentar os investimentos em educação e aplicar o dinheiro de maneira mais eficiente, é fundamental melhorar a qualidade do ensino, porque só aumentar o número de crianças e adolescentes nas escolas, não é garantia de aprendizado.
"Nosso relatório aponta que a questão chave dessa qualidade é o professor. A gente precisa valorizar o professor e dar um bom plano de carreira", analisa Maria Rebeca Otero, da Unesco.
O Governo diz que tem trabalhado para alcançar as metas e que o piso salarial dos professores já foi um avanço, mas reconhece que é preciso mais: “Nós precisamos pagar melhor o nosso professor, existe um projeto para isso. Entendemos a dificuldade que, pela escala, pelo tamanho do Brasil, é difícil, mas nós precisamos cada vez mais estar fazendo isso”, explica Luis Cláudio Costa, presidente do INEP.
Quanto ao número de analfabetos adultos, o Inep avalia que o mais correto seria a Unesco calcular o percentual da população acima de 15 anos, já que o Brasil é um país grande e populoso e, por isso, o número absoluto deixa o país em desvantagem. Segundo o governo, 8,4% dos brasileiros com mais de 15 anos são analfabetos.
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