UFRN registrou 240 tremores em uma semana no município.
Do G1 RN

Foi o que fez o mecânico Mequiel Batista ao sentir os abalos na noite de quinta. "As paredes treimam, o teto estalou e as telhas rangiam. Fiquei com medo de algo e saí", conta.

A preocupação aflige principalmente as pessoas que moram em casas antigas. A moradora Fátima Santos teve o lar construído na década de 1950. Com os tremores, a parede rachou e mulher temeu pela segurança dos filhos. "Tenho até medo de morar aqui com várias crianças. Vejo a hora cair tudo por cima da gente. Ficamos com medo quando aconteceu e corremos para fora de casa.
De acordo com o pesquisador Joaquim Ferreira, do Laboratório Sismológico da UFRN, o medo da população acontece mais pela sequência de tremores, do que propriamente pela magnitude dos abalos. "Quando se tem vários abalos seguidos a população fica bastante tensa", afirma.
Calamidade
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(Foto: Jorge Talmon/G1) |
O prefeito de Pedra Preta, Luiz Antônio Bandeira de Souza, conta que está preparando a documentação para pedir o decreto de estado de calamidade na região. A cidade não tem Defesa Civil nem Corpo de Bombeiros, e precisa ser atendida pelos órgãos estaduais. A ausência dos órgãos nos municípios potiguares foi alertada pelo assessor de comunicação do Corpo de Bombeiros, tenente Cristiano Couceiro. "Devido a diversos fatores, os desastres naturais têm ficado mais comuns. Por isso os municípios precisam fortalecer essa prevenção para dar primeira resposta a população. O que observamos é que após várias ocorrências como essa, o município pouco fez e precisou os órgãos do governo intervissem para acalmar a população", diz.
Uma equipe da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros foi enviada ao município para vistoriar casas e avaliar a situação na cidade. O coronel Josenildo Acioli, coordenador estadual da Defesa Civil, explica que a população recebeu orientações na manhã desta sexta-feira (1) de como proceder em caso de novos tremores. "É preciso tranquilizar a população. Estamos articulando as vistorias nas casas e vamos produzir um relatório sobre a situação", informa.
Fonte: G1/RN
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